segunda-feira, 13 de junho de 2011

O diabético pode usar aparelho dentário?

Sim, mas é preciso bom acompanhamento. A correção dos dentes com aparelho, principalmente o fixo, requer cuidado e atenção para eventuais focos de infecção, ensina a cirurgiã dentista Ana Míriam Gebara, do Cape - Centro de Atendimento a Pacientes Especiais, da Universidade de São Paulo (USP).
Ana Míriam Gebara - "Aparelhos para correção da posição dos dentes são utilizados principalmente por crianças e adolescentes, o que significa dizer que, quando são diabéticos, na maioria são do tipo 1 e têm maior dificuldade de controle da glicemia. Nos adolescentes, em que as mudanças hormonais estão presentes, esse controle é ainda mais complicado.
Antes de se decidir sobre a colocação do aparelho, é necessário verificar como anda o comportamento glicêmico. Se o descontrole for grande, aumenta o risco de inflamação e agravamento da glicemia. É preciso também verificar se há doença periodontal - que é a inflamação e sangramento das gengivas -, que poderia ser agravada e levar à perda do dente.
É possível, porém, utilizar o aparelho. O importante é que o profissional dentista seja especializado no atendimento a diabéticos e saiba adequar o acompanhamento a esse tipo de paciente. O aparelho coloca força sobre o dente, que vai se movimentando e sendo absorvido pela sustentação óssea nessa movimentação. Esse processo pode ferir e provocar inflamações na gengiva que precisam de constante acompanhamento do dentista para que sejam controladas e não provoquem consequências sobre a glicemia.
No período em que o aparelho estiver em uso, os cuidados com a higiene bucal devem ser redobrados. A escovação após a ingestão de alimentos é fundamental e o uso de fio dental nos locais que podem ser alcançados também. Pode haver necessidade de complementar a limpeza com a escova interdental, que ajuda a limpar a área entre um dente e outro. Se optar por complementar com um enxaguatório bucal, ele deverá ser prescrito pelo dentista, pois eles alteram e mascaram doenças importantes, fazendo com que o profissional se engane no seu diagnóstico e plano de tratamento."

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