terça-feira, 8 de maio de 2012

Cafeína pode impedir a perda de memória em pessoas com diabetes.


Que deus ilumine cada vez mas os cientistas... sempre uma nova descoberta.
Compartilhando uma matéria bem interessante com vcs.

Substância reduz risco de demência ao interferir na neurodegeneração causada por níveis tóxicos de açúcar no sangue
Cientistas da Universidade de Coimbra, em Portugal, descobriram que a cafeína pode impedir a perda de memória em pessoas com diabetes.
Diabetes mal controlado pode afetar a memória e cérebro, causando problemas de aprendizagem e incidência ainda maior de demência.
Agora, um estudo realizado com ratos com diabetes tipo 2 mostrou como a doença afeta uma área do cérebro chamada hipocampo, causando perda de memória, e também como a cafeína pode impedir que isso aconteça.
Segundo o líder da pesquisa, Rodrigo Cunha, a demência causada por diabetes é a mesma que ocorre nos primeiros estágios de várias doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer e Parkinson, sugerindo que a cafeína (ou fármacos com mecanismo semelhante) poderia ajudar a tratar essas doenças também.
O diabetes é causado por níveis elevados de açúcar no sangue, e no tipo 2 isso ocorre porque o corpo torna-se cada vez mais resistente à insulina o que permite que as células usem o açúcar do sangue como "combustível", resultando em níveis de açúcar altos e tóxicos no sangue, o que danifica os nervos e vasos sanguíneos e, com o tempo, causa complicações graves.
No novo estudo publicado na revista PLoS, Cunha e seus colegas tiraram proveito de um modelo do rato com diabetes tipo 2, que, como seres humanos, desenvolvem a doença como resultado de uma dieta rica em gordura. Eles estudaram ao menos uma complicação do diabetes, o efeito da doença sobre o cérebro, mais especificamente, a memória.
Eles também investigaram um possível efeito protetor da cafeína para evitar a perda de memória em uma série de doenças neurodegenerativas.
Com esse objetivo, os pesquisadores compararam quatro grupos de ratos, animais diabéticos ou saudáveis que consumiam ou não cafeína.
Os resultados mostraram que o consumo de longo prazo da cafeína não só diminui o ganho de peso e os altos níveis de açúcar no sangue típico do diabetes, mas também evitou a perda de memória dos camundongos.
Segundo os pesquisadores, o estudo confirmou que a cafeína pode, na verdade, proteger contra o diabetes, bem como evitar perda de memória, provavelmente por interferir com a neurodegeneração causada por níveis tóxicos de açúcar no sangue.
Para investigar esta teoria, em seguida, os pesquisadores analisaram uma região do cérebro ligada à memória e aprendizagem, que muitas vezes é atrofiado em diabéticos, chamada hipocampo. Eles descobriram que ratos diabéticos tinham alterações nesta área mostrando degeneração sináptica e astrogliose. Ambos os fenômenos são conhecidos por afetar memória e o consumo de cafeína impediu essas anormalidades.
Para tornar possível a criação de drogas com base no efeito protetor da cafeína, foi necessário compreender os seus mecanismos moleculares. Assim, os pesquisadores analisaram as únicas moléculas do cérebro conhecidas por responder à cafeína, os receptores de adenosina A1R e A2AR, no hipocampo.
A2AR parece ser a chave para o resgate da memória pela cafeína, já que sua densidade foi elevada em animais diabéticos, mas normal em doentes tratados com cafeína.
Em conclusão, a pesquisa sugere que o diabetes afeta a memória, causando degeneração sináptica, astrogliose e aumento dos níveis de A2AR. O estudo indica também que o consumo crônico de cafeína pode impedir a neurodegeneração e a perda de memória. E isto não só no diabetes, uma vez que a degeneração sináptica e astrogliose são parte de uma cascata de eventos comuns a várias doenças neurodegenerativas, isso implica que a cafeína (ou drogas semelhantes) poderiam ajudar também essas condições.
Para ler este estudo na (em inglês), clique aqui.
Fonte: Isaúde.net

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