sábado, 17 de março de 2012

A difícil e complexa tarefa...cuidar de um docinho...

Resolvi escrever sobre este tema, pois estas últimas semanas tenho passado alguns apuros com a minha princesinha Giovana, estamos mudando o horário de aplicação da insulina Lantus, à pedido do endocrinologista, passando à aplicar pela manhã, pois já algum tempo aplicávamos à noite. Segundo o Doutor João, o melhor horário no caso de crianças é pela manhã, obtendo assim um melhor resultado.
Confesso que pensei em desistir... muitas hipos...muitas mesmo.. graças à Deus, conseguimos passar por todas sem intervenções drásticas. Teve um dia dela ter uma hipo de 26 e por muito pouco não desmaiou... outro dia fomos fazer exames de rotina, e no laboratório teve que ser encaminhada para sala de repouso com 33 de glicemia..uma correria... mais graças à Deus tudo vem se encaixando... diminuímos algumas doses, nos adaptamos aos horários.. e a glicemia dela têm ficado muito boa no geral.
Cuidar de um docinho, exige de nós muita paciência.. muita calma.. e muito pulso firme.. pois as vezes somos tentados à ceder aos pedidos deles e aí já viu né...com certeza podemos ter uma surpresinha na hora de fazer um dextro.
Temos que nos acostumar à acordar nas madrugadas, para realizar dextros, e se preciso for dar algo para corrigir, aprendemos a conhecê-los melhor... muitas vezes somente por um olhar da Giovana, ou mesmo uma frase, já sei como está a glicemia dela..
Vivemos um dia de cada vez... nunca um dia é igual ao outro...
Ainda temos que cuidar da alimentação, para que seja bem balanceada, contar carboidratos, fazer contas, e ter o cuidado de não errar para não aplicar insulina demais, ou de menos.. 
Realmente a tarefa de cuidar de um docinho é bem complexa, ao contrário do que muitos pensam...só passando para saber, envolvem várias questões e hoje lendo um pouco sobre isso na internet, achei muito interessante este post que resolvi compartilhar com vocês.


O tratamento do diabetes juvenil é fácil?


 o tratamento não é fácil: ao contrário do que muitos pensam (inclusive profissionais de saúde), confundindo o tratamento do Diabetes tipo 1 com o do tipo 2 (relativamente fácil), o tratamento preventivo do Diabetes Juvenil (tipo 1) não é fácil, e não está acessível à maioria dos pacientes pertencentes às famílias carentes; 

pelo contrário: é critico, intensivo e dependente de multi-cuidados diários em casa, incluindo a dependência diária à dieta rigorosa e restritiva; aos exercícios físicos programados e às injeções de insulina sintética, dada a falência do pâncreas; 

o que é pior: se torna menos exeqüível, ou melhor dizendo,inexeqüível quando não conta com apoio externo, principalmente no caso de pacientes pertencentes a famílias carentes - desprovidas de toda ordem de recursos para o custeio e o manejo diário em casa desse tratamento (sobretudo em razão do custo elevado e da exigência de dedicação integral); 

para exemplificar a criticidade do manejo diário em casa:

 se for administrada uma dose de insulina um pouco menor do que a necessária, não haverá nenhum efeito; 

se for administrada uma dose de insulina um pouco maior do que a necessária, poderá haver a deflagração de uma crise de hipoglicemia; levar ao coma diabético, e até ocasionar a morte do paciente; 

se for administrada somente insulina, e em doses crescentes - deixando de lado a dieta rigorosa e restritiva, assim como a prática regular de exercícios físicos - haverá o risco de o organismo tornar-se resistente à ação de insulina, tornando o controle preventivo extremamente difícil. 

contribuem também para essa criticidade as crises de hipoglicemia ou hiperglicemia, às quais o paciente está exposto diariamente: 

 essas crises, quando não-agudas, são precursoras das complicações graves, ou seja das doenças associadas ao Diabetes Juvenil (tipo 1) (ex. cegueira, falência dos rins, mutilação dos membros inferiores;problemas cardiovasculares) que, por sua vez exigem internações e re-internações freqüentes, tratamento de alta complexidade (p.ex. hemodiálise, laserterapia) e altos custos, culminando com incapacitações e morte prematura do paciente; 

 essas crises, quando agudas, podem gerar seqüelas gravíssimas, como paralisia cerebral ou provocar o óbito. 

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