terça-feira, 31 de maio de 2011

Nova cara!!!!

Estamos reformando nosso Blog... esperamos que gostem da nova cara....
deixando ele mais colorido..pois é assim que somos...alto astral!!!!!!
Beijos à todos.....

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Momentos felizes em família!!!!!!!!!!!!


Domingo, um dia lindo de sol.... meu docinho acordou super bem..graças a Deus..glicemia controlada...tudo de bom para uma mãe que quer um pouquinho de descanso...


Nossos dias estão sendo bem tumultuados, a glicemia da Giovana tem dado uma "alteradinha"...deve ser esse tempo seco sem chuvas..e onde moro tem muita queimada de cana nessa época...propício para dar aquela atacada na rinite....Nada melhor do que estar feliz ao lado de pessoas especiais...nos trás paz...e renova nossas forças.

Só tenho a agradecer à Deus, pela saúde da minha filha...pelo crescimento dela...e por me dar a oportunidade de cuidar dessa princesinha que tanto amo...

Aproveitem a vida com as pessoas que te fazem bem.....

Viva intensamente!!!! Ame intensamente!!!!




sábado, 28 de maio de 2011

Cuidando de crianças



Um diagnóstico de diabetes não deve diminuir a qualidade de vida do seu filho. Você e seu filho terão responsabilidades adicionais nos próximos anos, mas a autodisciplina pode funcionar a favor do seu filho.
Como pai de uma criança ou bebê recém-diagnosticado como portador de diabetes, o diagnóstico do seu filho pode afetar você muito mais do que a própria criança. Afinal de contas, seu filho é totalmente dependente de você para todo tipo de cuidados, não apenas para os tratamentos de diabetes. Ao mesmo tempo em que seu filho começa a andar e falar, o diabetes será uma pequena parte do mundo dele. As crianças vivem o momento. O teste de açúcar no sangue ou a injeção que eram um transtorno esta manhã, foram esquecidos.
Para sua própria tranquilidade, bem como para a saúde do seu filho, aproveite toda oportunidade possível de aprender. Participe de grupos de apoio local, onde você pode saber que outras famílias que estão enfrentando exatamente os mesmos problemas diariamente. Cuide-se. O diabetes é uma responsabilidade diária, às vezes horária — se você não se cuidar, poderá ficar extenuado.
Conversando com seu filho
Só você sabe quantas informações fornecer a seu filho e quando ele está pronto para entender mais. Por enquanto, basta ele saber que tem muito açúcar no sangue e precisa de insulina para viver.
Também é uma boa idéia começar falando sobre diabetes e como você se sente. Mantenha o foco nos fatos sobre injeções e resultados do açúcar no sangue — mesmo os bebês ficam atentos à maneira como falamos as coisas, que pode revelar mais do que as palavras que usamos.
Dicas para cuidar de crianças pequenas
  • Preste muita atenção no seu filho. Há coisas que ele/ela não entende muito bem
  • Escolha as palavras com cuidado. Não diga que as leituras do açúcar no sangue estão “boas” ou “más”, em vez disso use “altas”, “baixas” e “normais”.
  • Parabenize seu filho por ser corajoso quando chegar a hora de fazer o teste ou aplicar a injeção.
  • Transforme os horários do teste e das injeções em um momento caloroso e afetuoso. O abraço depois de um teste de açúcar no sangue pode ser bem demorado.
  • Deixe a criança participar escolhendo um dedo para fazer o teste ou esfregando o local após o teste.
  • Faça regularmente um rodízio dos locais de aplicação da injeção. O ideal é não injetar no mesmo local mais que uma vez a cada 30 dias.
  • Deixe tudo pronto antes do teste. Faça com que o processo seja rápido e calmo. Quanto menos você se chatear com isso, menos seu filho ficará chateado também.
  • Fale com seu médico para criar um plano de alimentação, testes e medicação ideal para seu filho.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Importância dos Familiares e dos Amigos

Desde que descobrimos o diabetes da Giovana, minha família sempre esteve muito presente e nos ajudou muito, nessas horas precisamos do carinho de todos. Meus pais estiveram sempre presentes..dando todo carinho que a Doce Gigi necessitava... Ter o apoio dos avós, superou muitas vezes a dor das "picadas"..







O carinho dos primos e dos tios tbm foram muito importantes... minha irmã teve que superar seus medos ao ter que cuidar por uma semana da Gigi enquanto eu estive internada, tarefa essa que não foi nada fácil... Mas graças a deus tudo deu certo no final...


Agradeço as orações da Bisa....que mesmo estando longe..nunca esquece de orar pela vida da Gigi..pedindo à Deus a sua proteção e cura Divina para nossa princesinha....


Não podemos esquecer do tio Hermes, sempre nos ajudou em tudo...estando sempre ao lado da Gigi e cuidando dela como uma filha...


Graças a Deus minha família nunca se afastou de nós..pelo contrário todos adquiriram um pouquinho do diabetes da Giovana, sempre cuidados quanto à alimentação, horários de remédios, na hora das crises.... sempre todos atentos...


Obrigada tio Má (Marcelo), por todo carinho dedicado a Gigi, obrigada por nós ajudar sempre que precisamos...


... por aguentar as lamentações da Gigi reclamando das aplicações de insulina...


Sabemos que nem sempre é assim que acontece, graças à Deus que isso não aconteceu conosco... e isso foi e está sendo muito importante para nós e para o tratamento da Giovana...





Um beijinho para o primo Gabriel e para a Priminha Laura, que mesmo tão pequena, já sabe se adaptar à alimentação da prima.. ambos uma graça de primos...entenderam muito bem a importância da convivência sem estress com a prima Giovana...o diabetes nunca foi um problema...


Nunca, ninguém me culpou pelo diabetes da  Giovana, pois sabemos que essa doença não é culpa de ninguém...pelo contrário, ficaram sempre por perto, dando apoio sempre em todos os sentidos.


Agradeço também uma pessoa especial (Alexandre) que chegou a pouco tempo em nossas vidas... mais que já chegou fazendo toda a diferença... procurou se interar sobre o diabetes, preocupado com as crises da Giovana..procurando sempre de alguma forma estar presente e cuidando...











Não podemos esquecer dos nossos grandes amigos Edna e Reis e seus filhos João daniel e João Augusto..sempre estiveram presentes..desde o começo, levando ao médico, ajudando nas horas das crises.. nas horas dos meus "desabafos de mãe"...








Meus sinceros agradecimentos à todos que de alguma forma sempre estão presentes nas nossas vidas... Deus abençõe à todos... eu e a gigi amamos muito vocês....




Dulcinéia (mãe da Gigi)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mais uma crise daquelas!!!!

Fui buscar meu docinho na escola e, para a minha surpresa já veio me encontrar com os olhinhos cheio de lágrimas...fiquei assustada, perguntei o que tinha acontecido...e a mais temível frase saiu da boquinha dela" Mamãe estou enjoada"..é tiro e queda...quando ouço essas palavrinhas até me arrepio...chegamos em casa fiz a mediçao e constatamos a hipoglicemia...o teste deu 48... quase que ela não conseguiu comer nada...tomou apenas um achocolatado e tive que dar uma colherada de mel... e ela apagou...depois de 15 minutos repeti o teste e estava 80..graças a Deus...aiaiai meu coração.....

Dulcinéia ( mãe da Gigi)

Alertas sobre exercícios para diabéticos

A prática de exercícios pode ajudar a controlar ou a perder peso, além de ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue controlados - por esse motivo, é importante que os diabéticos se exercitem de alguma forma. 

No entanto, embora os diabéticos devessem se esforçar para serem fisicamente ativos, algumas formas de exercícios requerem cuidados extras (ou podem ser muito arriscadas). Pessoas que apresentam as complicações descritas abaixo, devem tomar um cuidado especial ao estabelecer um programa de exercícios. 

Neuropatia autonômica 

Os pacientes que têm essa forma de lesão nervosa talvez não consigam detectar os sintomas, como suor e taquicardia, que indicam o início da hipoglicemia induzida pelos exercícios. Eles também apresentam um alto risco de hipotensão postural (ortostática) durante o exercício realizado em pé, por isso, o ciclismo ou a natação podem ser melhores opções do que a caminhada ou a corrida. 

Natação 
A natação pode ser um excelente exercício para os diabéticos, pois reduz o risco de tontura e de outros problemas associados à hipotensão postural (ortostática)

Nesse caso, deve-se ter cuidado ao se fazer exercícios em climas muitos quentes ou frios e tomar bastante água. 

Retinopatia 

Alguns tipos de atividade física aumentam o risco de hemorragia no olho ou de descolamento de retina. Evite atividades que sejam muito agitadas ou forçadas, como corrida ou levantamento de peso. 

Neuropatia periférica 

Se você não tem sensibilidade nos pés, como saberá se está pisando em uma superfície muito dura? As pessoas com perda grave de sensação nos pés não devem exagerar nos exercícios de levantamento de peso. 

Além disso, a pressão intensa e repetitiva nos pés pode causar úlceras. Talvez você também não consiga perceber que fraturou o pé e piore a lesão continuando os exercícios. Se tiver lesão dos nervos que limite a sensibilidade dos pés, o melhor a fazer é escolher exercícios de baixo impacto, como natação, ciclismo ou remo. 

Com certo cuidado, os diabéticos podem usar os exercícios para ajudar a controlar a doença e diminuir alguns problemas. Entretanto, para aqueles que apresentam problemas como perda de sensibilidade dos membros, recomenda-se evitar certos tipos de exercícios. 

Existem outros riscos associados a diabetes que afetarão seu regime de exercícios. 

Outras preocupações para os diabéticos 
Ser fisicamente mais ativo não significa que o diabético está totalmente isento de riscos. Para conquistar os benefícios de praticar atividade física regularmente e minimizar os possíveis riscos, você precisa entender e avaliar tais riscos e tomar atitudes para evitar os problemas antes que eles ocorram.

Hipoglicemia

Para os diabéticos que tomam medicamentos ou insulina, a hipoglicemia é uma grande preocupação. Sempre que estiver fisicamente ativo, seus músculos queimarão glicose. Primeiro, eles consomem a glicose que armazenaram como glicogênio. À medida que a atividade continua, a glicose do sangue vai para os músculos para suprir suas necessidades de energia, diminuindo os níveis de glicose no sangue. Entretanto, essa ida da glicose do sangue para os músculos não termina quando a atividade acaba.

O corpo precisa reabastecer os tanques de armazenamento de glicose dos músculos para futuros movimentos. Conseqüentemente, pode ocorrer uma reação hipoglicêmica não apenas durante os períodos de atividade, mas também até 24 horas depois. Alguns diabéticos que têm crises freqüentes de hipoglicemia começam a associar qualquer forma de atividade física à perda de controle da glicose.

Para eles, a falta do teste de níveis de açúcar no sangue pode deixá-los sem saber como o corpo reagirá à atividade. Como resultado, são pegos desprevenidos pelos baixos níveis de açúcar no sangue quando estão fazendo atividades leves como cortar a grama ou uma pequena caminhada no parque. Quando isso acontece, podem comer algum tipo de açúcar simples, apenas para que o nível de glicose suba rapidamente. Assim, aplicam mais insulina ou tomam medicamento no jantar para tratar os altos níveis, mas as oscilações dos níveis de açúcar no sangue continuam com outra baixa antes da hora de dormir.

Essas oscilações criam confusão e frustração, deixando essas pessoas preocupadas e assustadas. Elas podem achar que a atividade não compensa essas mudanças aparentemente imprevisíveis nos níveis de açúcar no sangue. Para essas pessoas, o teste mais freqüente de glicose no sangue pode ajudá-las a compreender melhor a resposta de seu corpo aos exercícios e prepará-lo adequando o medicamento ou a ingestão de alimentos.

Doença cardíaca

Antes de aumentar o nível da atividade, considere a possibilidade de ter doença cardíaca. Como você já viu, a doença coronariana é muito comum nos diabéticos, talvez afetando cerca de 50% deles. Para avaliar seu risco, você e seu médico precisam levar em consideração alguns fatores.

    •  idade 
    •  níveis de pressão arterial 
    •  níveis de gorduras no sangue (colesterol e triglicérides)
    •  existência de proteína na urina 
    •  tempo de diagnóstico da diabetes 
    •  histórico familiar 

Por isso, antes de aumentar seu nível de atividade física, consulte o médico e, se necessário, faça um teste de tolerância ao exercício. Esse teste é feito em uma esteira e reflete a capacidade do seu coração de trabalhar sob esforço. As chances de o resultado dar positivo, indicando doença cardíaca, aumentam com cada fator de risco que você apresentar. Mesmo que você tenha um risco elevado ou que seu teste tenha dado positivo, provavelmente, você ainda poderá aumentar sua atividade física, apenas terá que trabalhar mais próximo de sua equipe de tratamento para estabelecer orientações seguras em relação à atividade física e, talvez, para determinar se os medicamentos para diminuir seu risco de problemas cardíacos estão em ordem.

Com certo cuidado, os diabéticos podem usar os exercícios para ajudar a controlar a doença e diminuir alguns problemas. Entretanto, para aqueles que apresentam problemas como perda de sensibilidade dos membros, recomenda-se evitar certos tipos de exercícios.


terça-feira, 24 de maio de 2011

O Diabetes e a Direção de Veículos

Há três fatores que merecem atenção especial: hipoglicemias, hiperglicemias e complicações crônicas.

O tratamento do diabetes mais intensivo, apesar de reduzir as complicações crônicas está associado a uma maior possibilidade de hipoglicemias e, portanto um maior número de pessoas pode estar sujeito a esse risco, enquanto estiver dirigindo.

Hipoglicemias moderadas alteram a capacidade de dirigir das pessoas, alguns problemas observados são desvios de direção, guinadas, saídas da pista, excesso de velocidade, condução lenta, freadas e acelerações, conforme artigo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego – Abramet. (Veja conteúdo completo no site da ADJ – www.adj.org.br).

Prejuízos na direção veicular, como ultrapassagem de faixas contínuas, acelerações e freadas indevidas, já são observados mesmo com hipoglicemias leves. Em outro estudo, apresentado no Diabetes Care, em 2000, apenas 1/3 dos indivíduos estudados, trataram sua hipoglicemia ou pararam de dirigir, ao sentirem os primeiros sinais.

É importante ressaltar que, muitas vezes, embora o paciente não esteja percebendo a hipoglicemia, sua capacidade de responder a direção já pode estar comprometida.

Com a chegada dos análogos de insulinas de longa e ultra-rápida ação, a incidência de hipoglicemias diminuiu, mas ainda o mais importante é quem conduz o veículo e o cuidado que tem quando entra no carro. Um grande aliado na detecção de hipoglicemias é a monitorização contínua de glicemia. Mas, não pensem que apenas quem usa insulina precisa se preocupar em verificar a glicemia antes de dirigir. Também as pessoas com diabetes tipo 2 em uso de hipoglicemiantes orais podem vivenciar hipoglicemia durante a direção.

Procure monitorar a glicemia antes de dirigir, tenha sempre reposição de carboidrato com você e aprenda a detectar, sempre que possível, os sinais precoces de uma hipoglicemia.

Quanto à hiperglicemia, tanto a crônica quanto a aguda, também podem favorecer a perda da capacidade cognitiva e, portanto diminuir a capacidade de resposta às situações durante a direção de veículos, embora em alguns estudos esse quadro não se confirme.

As complicações crônicas como retinopatia diabética, neuropatia diabética, e doença cardiovascular podem estar envolvidas com maior risco de acidentes de trânsito. Ao sentir mal estar, dor de cabeça, suor em excesso, alteração na respiração, cansaço, fraqueza, tremores e outros sintomas, fique atento, pare seu carro e faça um teste. Fica aí a dica: use seu monitor como medida de prevenção de acidentes sempre que for dirigir.

Hoje existem no mercado diversos fabricantes de monitores de glicemia. E não esqueça de manter suas visitas médicas atualizadas.

Fonte: Revista ADJ

sábado, 21 de maio de 2011

Guardar a insulina tem seus segredos

Você está sempre ouvindo sobre os cuidados a tomar na hora da aplicação da insulina para obter o melhor resultado e evitar o risco de contaminação. Mas sabia que os cuidados com a insulina devem começar muito antes do momento da aplicação e que sua armazenagem também merece atenção? Então, veja as dicas que a enfermeira Magda Tiemi Yamamoto, do Hospital Albert Einstein, oferece em relação à armazenagem da insulina.
Antes de ser aberto, o frasco de insulina deve ser guardado na parte inferior da geladeira, mais exatamente na prateleira que fica acima da gaveta de verduras. A refrigeração deve ser feita também no ponto de venda e, por isso, ao comprar sua insulina certifique-se de que a farmácia a mantém em geladeira. Magda adverte que insulinas guardadas no congelador devem ser descartadas e não adianta querer usá-las mesmo depois de deixar o frasco descongelar.
Após a abertura do frasco, a insulina deve ser mantida em temperatura ambiente. Em localidades muito quentes, nas quais a temperatura dentro de casa fique acima dos 30º. C, o frasco pode ser armazenado dentro de uma moringa com água fresca, desde que esteja protegido por um saco plástico lacrado. De qualquer forma, depois de aberta, a insulina não deve ficar em geladeira porque sua aplicação em baixa temperatura gera maior desconforto e dor no local da aplicação.
A enfermeira enfatiza que é necessário observar o prazo de validade, informação que consta da bula de todas as marcas. "Elas têm validade de 28 dias após serem abertas; coloque uma etiqueta ou marque na própria caixa da insulina ou ainda, se preferir, registre em sua agenda a data para ter melhor controle sobre seu medicamento", explica a especialista.
Mesmo que esteja dentro do prazo, sempre é bom observar as condições do produto. A insulina é transparente e assim deve permanecer. No caso da insulina NPH, que é leitosa, ela deve estar uniforme. Ao rolar entre as mãos, antes de aplicar, caso não fique uniformemente leitosa, deve ser descartada. O mesmo deve acontecer se a insulina, de qualquer tipo, apresentar a formação de grumos, que são agrupamentos de substâncias, ou se ficar amarelada.
Com essas precauções, você estará seguro para utilizar um medicamento adequado e que produzirá o efeito desejado, ou seja, controlar melhor sua glicemia.
Fonte : Diabetes Nós Cuidamos

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Hipoglicemia na escola


Hipoglicemia é a complicação aguda mais comum do diabetes tipo 1. Certamente é uma situação de grande preocupação dos pais e também entre os professores que permanecem diversas horas por dia com crianças e adolescentes diabéticos.

Segundo a Associação Americana de Diabetes, a hipoglicemia é caracterizada  pelos níveis de glicose no sangue abaixo de 70 mg/dL. Ela geralmente ocorre por excesso de insulina administrada, pela redução na alimentação ou ainda pelo aumento do gasto energético, como nas atividades físicas.
A escola é um local onde as crianças geralmente brincam no momento do intervalo, praticam atividades esportivas e, muitas vezes, deixam de comer adequadamente para brincar com os colegas. Desta forma, é um ambiente no qual é comum a ocorrência de episódios de hipoglicemia, porque gastam muita energia (glicose) sem ingerir a quantidade necessária para manter o equilíbrio do organismo.
Assim, é importante que as crianças maiores, adolescentes e professores saibam reconhecer os sintomas da hipoglicemia, para que o tratamento seja realizado em tempo hábil e corretamente (quadro 1).
Quadro 1. Principais sinais e sintomas da hipoglicemia.
Sintomas iniciais
(adrenérgicos)
Sintomas mais graves
(neuroglicopênicos)
Alteração de
comportamento
Alterações
inespecíficas
PalidezDificuldade de concentraçãoIrritabilidadeDor de cabeça
TremoresVisão dupla ou borradaChoro inconsolável (bebês)Náuseas
SudoreseConfusão mentalPesadelosFome intensa
Taquicardia
(coração acelerado)
Perda de consciência
e convulsão
Mudança inexplicável
de comportamento
Cansaço
Sempre que uma criança ou adolescente apresentar os sintomas acima, o diagnóstico de hipoglicemia é muito provável. Quando possível, medir a glicemia capilar e, se ela for menor que 70 mg/dL, isso comprova o diagnóstico. Nos casos em que não há possibilidade de se realizar o teste, os sintomas clínicos acima são suficientes para confirmar a hipoglicemia e deve-se instituir o tratamento.
Segue abaixo uma sugestão de tratamento, mas cabe lembrar que é sempre importante seguir as orientações do médico do paciente.
Tratamento da hipoglicemia na escola
  • Deixar a criança em repouso.
  • Oferecer algum alimento/líquido com açúcar (15 a 20 gramas de carboidrato) tipo:
    • 150 ml de refrigerante normal;
    • 150 ml de água com uma colher de sopa de açúcar;
    • 1 sachê de açúcar (glicose - 15 g);
    • 2 a 3 balas tipo caramelo que a criança deve chupar rapidamente.

  • Após 15 minutos, se possível, repetir a glicemia capilar. Se a glicemia ainda estiver menor de 70 mg/dL, ou nos casos em que não há como se realizar o teste e a criança não apresentar melhora clínica, então é necessário repetir a correção de açúcar exemplificado no item 2.
    Entretanto, se a glicemia estiver maior que 70 mg/dL ou se clinicamente a criança ou adolescente já estiverem com recuperação dos sintomas, seguir para o item 4.
  • Após a recuperação, é importante oferecer um lanche (15-20 gramas de carboidrato) para manter a glicemia estável e sem riscos para um novo episódio de hipoglicemia.
  • Exemplos:
    • bolacha salgada (4-6 unidades);
    • barra de cereal;
    • lanche com pão, queijo ou presunto;
    • uma fruta (ex: maçã média).
  • Se houver boa recuperação, encaminhar a criança de volta às atividades escolares. É sempre importante avisar aos pais sobre o ocorrido.

Durante uma crise de hipoglicemia, orienta-se não oferecer chocolate nem leite, pois esses alimentos contém gordura que dificultam a absorção do açúcar, podendo retardar a recuperação da criança.
Caso a criança apresente uma hipoglicemia grave, ela pode ficar confusa e até desmaiar. Nessa situação, colocar um pouco de açúcar ou mel na parte interna da boca, massagear a gengiva e encaminhar a um serviço médico. É importante não forçar a criança a comer ou beber, pois quando uma pessoa está inconsciente o alimento pode ser aspirado para os pulmões, uma situação muito grave.
Apesar do detalhamento do manejo das crises potencialmente graves, felizmente o quadro de hipoglicemia mais comum nos pacientes diabéticos é leve, com poucos sintomas e que respondem rapidamente ao tratamento quando corrigidas em momento oportuno e, dessa forma, não evoluem para hipoglicemias graves.
Em resumo, hipoglicemia na escola é uma situação frequente entre os diabéticos tipo 1. É importante o professor saber reconhecer os sintomas e iniciar o tratamento para evitar uma hipoglicemia grave.
Drª Adriana Beletato S. Balancieri
Médica pediatra, especialista em Endocrinologia Pediátrica. Professora do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá e Integrante do Centro de Diabetes de Maringá – Paraná.
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