quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Triglicéride elevado está relacionado ao diabetes?


Entrevista com o cardiologista Aloyzio Achutti, do Ministério da Saúde
Embora sedentarismo e maus hábitos alimentares sejam as principais causas de níveis elevados de triglicérides, o diabetes pode estar frequentemente por trás dessa elevação, informa o cardiologista Aloyzio Achutti, consultor do Ministério da Saúde. Ele também explica como lidar com o problema, que em geral pode ser tratado apenas com mudanças de comportamento.
Aloyzio Achutti - "Nem sempre é sedentarismo, maus hábitos alimentares ou diabetes que provocam níveis altos de triglicérides. Muitas vezes essa alta é consequência de medicamentos, como o tamoxifeno, utilizado contra o câncer de mama, ou de outras doenças como a artrite reumatóide ou a insuficiência renal. Entretanto, como a elevação desses níveis pode estar associada à glicemia, toda vez que houver uma alta é preciso verificar se a pessoa está com diabetes, visto que se essa hipótese não for investigada e estiver presente, mesmo que a pessoa mude sua alimentação e pratique atividades físicas e até tome medicamentos específicos, nem sempre obterá resultado satisfatório no controle do triglicérides.
Os triglicérides, que são da classe das gorduras, podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, assim como o colesterol ruim (LDL) elevado. A diferença entre os dois é que o comportamento do colesterol tem um forte componente genético e por isso não é raro encontrarmos pessoas da mesma família com colesterol elevado, independente do peso de cada um dos seus integrantes.
Os triglicérides têm seu comportamento mais ligado ao hábito alimentar. Quando a pessoa consome mais caloria do que gasta, não importa se proveniente de gorduras ou de carboidratos, ela pode apresentar elevação dos triglicérides. Em geral, a recomendação é reduzir o consumo calórico e praticar atividades físicas. Em menor número de casos, pode ser necessário o uso de medicamentos.
Os níveis adequados de triglicérides vão até 150 mg/dl. Acima de 200 mg/dl, já se considera um caso de doença e acima de 500 mg/dl, a pessoa corre alto risco de doenças cardíacas."

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