terça-feira, 15 de outubro de 2013

links de livros sobre doença celíaca e receitas

http://www.riosemgluten.com/semgluten_baixar_gratuito.htm

Sensibilidade ao Glúten

Sensibilidade ao glúten na ausência

de doença celíaca

Imran Aziz, Marios Hadjivassiliou, David S Sanders


Pacientes que apresentam sintomas relacionados ao glúten na ausência de marcadores da doença são um dilema diagnóstico para gastrenterologistas, clínicos gerais e nutricionistas.
A doença celíaca é um distúrbio inflamatório crônico do intestino delgado que afeta 1% da população.A condição pode ser definida como um estado de resposta imunológica intensificada ao glúten ingerido (de trigo, cevada e centeio) em indivíduos geneticamente suscetíveis.2 O padrão-ouro do diagnóstico da doença celíaca é a demonstração de atrofia de vilosidades em biópsias duodenais, com sorologia celíaca (anticorpos antiendomísio e antitransglutaminase tecidual) tendo um papel de apoio.2,3 O pilar do tratamento da doença celíaca é a adesão vitalícia a uma rigorosa dieta livre de glúten, que leva a melhorias no desfecho clínico, no bem-estar psicológico e na qualidade de vida para a maioria dos pacientes.2

No entanto, o número de pacientes que consome uma dieta livre de glúten parece, em grande parte, fora de proporção em relação ao número projetado de pacientes com doença celíaca. Comerciantes estimam que 15-25% dos consumidores norte-americanos querem alimentos livres de glúten,4,5 embora dados recentemente publicados dos Estados Unidos e da Nova Zelândia sugiram que isso possa ser uma superestimativa.6,7 Não obstante, esse agora é um “grande negócio”, e a Reuters projeta um aumento nos lucros do mercado de alimentos livres de glúten nos Estados Unidos de US$1,31 bilhão (£0,8 bilhão) em 2011 para US$1,68 bilhão até 2015.8 Paralelamente, um crescente problema encontrado na prática clínica é o diagnóstico e o manejo de pacientes que reclamam de sintomas relacionados ao glúten na ausência de marcadores diagnósticos de doença celíaca, como sorologia celíaca negativa e biópsias duodenais normais. Esses pacientes representam um dilema diagnóstico para gastrenterologistas, clínicos gerais e nutricionistas e, no passado, foram descritos como pertencentes a uma “terra de ninguém” devido à incerteza do diagnóstico.9

Doença Celíaca

  Desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten. É caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com conseqüente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas. O glúten é uma proteína que está presente nos seguintes alimentos: trigo, aveia, centeio, cevada e malte.
A doença celíaca ocorre em pessoas com tendência genética à doença. Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nas pessoas adultas.

Quais são os sinais mais comuns da doença?

Podem variar de pessoa a pessoa, porém os mais comuns são: 

Diarréia crônica (que dura mais do que 30 dias) 
Prisão de ventre;
Anemia;  
Falta de apetite;  
Vômitos;  
Emagrecimento / obesidade;  
Atraso no crescimento;  
Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;  
Distensão abdominal (barriga inchada);  
Dor abdominal;  
Aftas de repetição; 
Osteoporose / osteopenia


Como a doença celíaca é diagnosticada?


 Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE) são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico.  A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia (Um instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).


Qual é o tratamento?

O único tratamento é uma alimentação sem glúten por toda a vida. A pessoa que tem a doença celíaca nunca poderá consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados (farinha de trigo, pão, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros). A doença celíaca pode levar à morte se não for tratada.


O que é dermatite herpetiforme?

É uma variante da doença celíaca, onde a pessoa apresenta pequenas feridas ou bolhas  na pele que coçam ( são sempre simetricas, aparecendo principalmente nos ombros, nádegas, cotovelos e  joelhos). Também exige uma alimentação sem glúten por toda a vida.  


Quais são os alimentos permitidos para quem tem a doença celíaca?  

• Cereais: arroz, milho.
• Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, féculas.
• Gorduras: óleos, margarinas.
• Frutas: todas, ao natural e sucos.
• Laticínios: leite, manteiga, queijos e derivados.
• Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros).
• Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar.


Cuidados especiais:

Atenção ao rótulo de produtos industrializados em geral. A lei federal nº 10674 , de 2003, determina que todas as empresas que produzem alimentos  precisam INFORMAR obrigatoriamente em seus rótulos  se aquele produto    “CONTÉM GLÚTEN” ou "NÃO CONTÉM GLÚTEN" .

Atenção:

• Qualquer quantidade de glúten, por mínima que seja, é prejudicial para o celíaco;
• Leia com atenção todos os rótulos ou embalagens de produtos industrializados e, em caso de dúvida, consulte o fabricante;
• Não use óleos onde foram fritos empanados com farinha de trigo ou farinha de rosca (feita de pão torrado);
• Não engrosse pudins, cremes ou molhos com farinha de trigo;  
* Tenha cuidado com temperos e amaciantes de carnes industrializados, pois muitos contém glúten;
• Não utilize as farinhas proibidas para polvilhar assadeiras ou formas.  
Importante:
• Na escola, nunca separe a criança celíaca dos demais colegas na hora das refeições;
• O celíaco pode e deve fazer os mesmos exercícios que seus colegas;
• Existem celíacos que são diabéticos. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten e nem açúcar;
• Existem celíacos que têm intolerância à lactose. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten, nem leite de vaca e seus derivados.

Eveline Cunha Moura
Assessora em Nutrição da
Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.  

Fonte: http://www.riosemgluten.com/doenca_celiaca.htm
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