terça-feira, 27 de setembro de 2011

Puberdade pede ajustes e orientação

Entrevista com a endocrinologista Sylka Geloneze, da Unicamp

O que pega na adolescência? Para muitos adultos, o que pega é que as mudanças comportamentais dos seus filhos os tornam 'uns aborrecentes' ou mesmo 'adolinquentes'. Para a galera mais jovem o que pega é que eles se sentem, quase o tempo todo, injustiçados e incompreendidos. Com ou sem 'trocadilhos', o que vale observar é que a adolescência é uma fase de transição física e comportamental, um período de aprendizagem essencial para que a criança possa entrar no mundo adulto. Naturalmente, para o adolescente que tem diabetes a situação é a mesma, com algumas particularidades, como explica a endocrinologista Sylka Rodovalho Geloneze, pesquisadora do Laboratório de Sinalização Celular da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas.
A adolescência começa entre os 8 e os 14 anos para as meninas, quando elas passam a ter menstruação. No período pré-menstrual, as mudanças hormonais provocam alterações na glicemia que precisam ser corrigidas. Nesses dias, explica Sylka, podem ser necessários ajustes nas doses de insulina e na alimentação, e é recomendável a monitorização mais intensa.
Nos meninos, o início da adolescência se caracteriza pela produção de testosterona, que passa a ser constante e cada vez mais intensa, até atingir o patamar de adulto. Nesse período, o garoto ganha massa muscular, muitas vezes inicia a prática de atividades físicas, o que também requer ajustes na insulina. Essa fase, também conhecida como puberdade, ocorre no sexo masculino entre os 9 e os 16 anos. Para ambos os sexos, a adolescência se estende até os 18 anos.
Para a endocrinologista, as principais mudanças vão além da questão hormonal. Igualmente importantes são as modificações de comportamento. O jovem quer se sentir um igual em relação aos amigos e está mais exposto à possibilidade de ingerir bebida alcoólica e fumar. "Ele precisa saber que o álcool expõe à maior possibilidade de hipoglicemia e o fumo aumenta o risco cardiovascular no futuro", adverte a médica.
Ao mesmo tempo, é nessa fase também que a criança começa a ter mais autonomia em relação ao controle da glicemia e ao seu tratamento, lembra Sylka, e, por isso, precisa receber mais orientação. "Os pais devem estar atentos ao comportamento do adolescente sem, contudo, impedir que ele passe a ter maior controle sobre seus cuidados com o diabetes", aconselha.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

3ª Blogagem Coletiva - Cura Do Diabetes? Uma Causa perdida?

O controle inadequado da doença ao longo dos anos representa ameaça à vida do portador em virtude da possibilidade de alterações micro e macrovasculares que levam à disfunção, dano ou falência de vários órgãos.
Entre as alterações microvasculares, encontram-se a retinopatia, com a possibilidade de cegueira e/ou neuropatia, a nefropatia, que pode evoluir para insuficiência renal, a artropatia de Charcot e as manifestações de disfunção autonômica, incluindo disfunção sexual. As alterações macrovasculares incluem a doença vascular aterosclerótica, com possível evolução para infarto do miocárdio, a doença cérebro vascular associada a acidentes cerebrais hemorrágicos e a doença vascular periférica que favorece o desenvolvimento de úlcera nos pés e eventuais necessidades de amputação.
O Diabetes mellitus atinge em todo o mundo grande número de pessoas de qualquer condição social, configurando-se como problema, individual e de saúde pública, de alta relevância. Não escolhe idade, sexo e nem cor.
O tratamento é caro...os insumos são caros ( agulhas, canetas, aparelhos), as insulinas adequadas são super caras (Giovana usa Lantus e Novorapid), os alimentos diet são o triplo do preço normal, é preciso ter uma alimentação saudável e completa..sei contar os esportes que são de grande ajuda no tratamento e as mensalidades não são baratas, no fim do mês para se garantir um controle satisfatório a soma de tudo isso fica bem carinha...
Fico imaginando, como seria cuidar da Giovana se Eu não tivesse condições financeiras e não pudesse contar com diversas ajudas que recebo diariamente... seria impossível. É muito triste saber que existem locais pelo nosso Brasil a fora, que não fornecem nem o básico para o tratamento.. Essa semana ajudei um senhor que não recebia seringas, o fornecimento de insulina era precário..e sua filha estava mal, por conta de tudo isso e Ele sem condições de comprar os insumos...
Será que é tão difícil a conscientização de que o Diabetes não é brincadeira? Ele chega de mansinho....mais o seu estrago é enorme, quando tratado de qualquer forma, sem um controle adequado. Todos os meses quando vou buscar os insumos da Giovana no posto, volto revoltada, muito triste, somos tratados com pouco caso, como se estivéssemos pedindo esmolas, acham um absurdo fazer de 6 a 8 testes diários, e quando digo que ela usa caneta então...aí é que pensam se ela tem o "luxo" de usar caneta porque ta pegando tiras no posto? Imaginem se usasse bomba de insulina... as pessoas não têm a menor consciência do que estão dizendo..não sabem nada sobre a doença, um verdadeiro descaso... e ainda sou obrigada a lembrar toda vez que isso tudo é direito da minha filha...
Agradeço à Deus todos os dias a benção de poder comprar o que a Giovana necessita para ter um controle decente, e uma alimentação adequada, agradeço pelo pouco que ela recebe do governo, e também pelas doações recebidas de pessoas amigas e de um coração imenso.
Apesar de todos altos de baixos da doença, nunca desisti de esperar pela Cura, sei que de algum modo ela virá...Deus há de nos contemplar com essa benção.

Dulcinéia ( mãe da Gigi)
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