sexta-feira, 29 de abril de 2011

Indice glicemico: entenda por que é preciso levá-lo em conta na dieta

Não se trata de uma nova dieta da moda, mas de um dado científico cujo controle pode promover ou prevenir doenças como o diabetes. O Índice Glicêmico (IG) é um valor de classificação dos carboidratos de acordo com o seu poder de influenciar a taxa de açúcar no sangue (glicemia).
Todos os alimentos ricos em carboidrato aumentam a glicemia após o consumo, no entanto, alguns parecem ter um efeito maior e por isso são considerados alimentos de alto índice glicêmico.
Exemplos de alimentos com alto IG: pão branco, batata, cereais refinados, arroz branco, doces, geleia, sucos e bebidas açucaradas.
Como o consumo destes alimentos se tornou frequente no mundo atual, não é difícil entender porque algumas doenças têm conquistado proporções epidêmicas, como a obesidade, diabetes e as doenças do coração — fortemente relacionadas à resistência à insulina, a qual é um efeito do consumo exagerado de alimentos de alto IG.
Um dos problemas do consumo de alimentos com alto IG é que eles promovem uma falsa sensação de saciedade que dura, no máximo, duas horas. A fome volta mais cedo se você opta por um pão de farinha branca em vez de pão integral, por exemplo.
Alimentos de baixo IG, por outro lado, podem ajudar a baixar a glicemia, a reduzir a compulsão alimentar e a diminuir o risco de doenças cardiovasculares. E, ao melhorar a resposta da célula à insulina, estes alimentos favorecem um melhor controle da gordura abdominal.
É claro que você não vai sair por aí decorando e olhando o tempo todo as tabelas de Índice Glicêmico dos alimentos que costuma consumir. Isso é neurótico e não faz bem para o seu relacionamento com a comida.
Confira os alimentos de baixo e alto índice glicêmico:
:: Alimentos de baixo índice glicêmico: arroz, pão e macarrão integrais, feijão, lentilha, grão de bico, quinoa, acerola, ameixa, goiaba, limão, maçã, maracujá, morango, pêssego, pêra, tangerina.
:: Alimentos de alto índice glicêmico: farinha branca, biscoitos (prefira os integrais), bolos, pão francês, pão branco, macarrão comum, massas em geral, arroz branco, batata, aipim, mandioca, caqui, fruta-do-conde, manga, uva.


http://blog.jornalfloripa.com.br/?p=281328

Por que bocejo quando a glicemia está baixa?

Provavelmente porque a hipoglicemia o deixa cansado. Os sinais e sintomas clássicos de hipoglicemia incluem suor, fome, nervosismo e agitação. Entretanto, muitos diabéticos não tem os sintomas costumeiros. Alguns não tem sintoma algum.
Outras pessoas tem sintomas incomuns de hipoglicemia. Algumas até mudam de personalidade, tornando-se hostis e combativas. Outras simplesmente ficam com os olhos vitrificados, aéreas ou levemente confusas.
É muito importante saber quais são os seus sintomas hipoglicêmicos, para que possa verificar os níveis. E não deixe de transmiti-los aos seus familiares e amigos, de modo que eles possam saber quando devem ajudá-lo.

Fonte: Associação Americana de diabetes

Como falar com uma criança sobre um diagnóstico?

O momento em que uma criança recebe um diagnóstico traz dúvidas e incertezas para sua família, principalmente quando se trata de uma doença que terá de ser tratada durante toda a vida, como é o caso do diabetes. Uma das primeiras questões que surgem é sobre como falar com ela sobre o assunto. Deve-se dizer tudo? É bom ocultar alguma coisa? Quem dá as respostas é a psicóloga Kátia Markenson, especializada no atendimento a pacientes com diabetes e seus cuidadores.
Kátia Markenson - "O que vai fazer a grande diferença na aceitação do diagnóstico e na forma de ajudar é como a família se comunicava antes do aparecimento do diabetes. Nas famílias próximas, afetuosas, que dão suporte costumeiramente, a tendência é que esse momento seja mais leve para a criança. Quando há distanciamento entre pais e filhos, quando as questões não são discutidas e não há clareza, esse comportamento acaba prevalecendo também num momento de dificuldade ou no surgimento de novas situações.
Outro ponto importante que influi na superação do novo obstáculo é a aceitação da própria família. O diabetes exige mudanças de comportamento imediatas, como tomar insulina ou fazer testes de glicemia, que não podem esperar que a família se acomode aos poucos à nova rotina. Os pais têm de se adaptar a essa rotina e aceitá-la antes mesmo de ter tempo para pensar sobre ela.
As famílias com maior dificuldade de diálogo tendem a achar que não precisam conversar com a criança, mas o diabetes exige a participação dela em seu tratamento e isso exige treinamento e conversa. Por isso, o indicado é explicar a ela o que está acontecendo, em linguagem clara, objetiva e acessível ao seu entendimento. A receptividade da criança varia conforme sua idade. Crianças mais velhas podem já ter incorporado mitos sobre doenças e em sua cabeça a doença pode estar associada a velhice e morte. Mostrar que a doença também pode atingir crianças e que não significa morte também exige conversa.
Costumo dizer que conversar sobre diabetes com crianças é a mesma coisa que falar sobre sexo. As explicações devem ser claras e ir até o ponto em que a criança demonstre interesse, com suas perguntas. Se ela continua fazendo perguntas é porque o assunto ainda não está claro em sua cabeça. Se ela não pergunta, é porque entendeu e está satisfeita com as respostas."
Entrevista com a psicóloga Kátia Markenson

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Novas recomendações para aplicação de insulinas

Em 2010 foram publicados os dados das novas recomendações para técnicas de aplicação de insulinas, que vale a pena relembrar e praticar, já que muitas informações já são conhecidas, mas pouco aplicadas.
Tais recomendações foram resultado do trabalho conjunto de 127 médicos, enfermeiros, educadores e psicólogos de 27 países, que reuniram todas as publicações na área desde 1980, bem como estudos ainda não publicados.
 Observações gerais:
a.  O medo da aplicação de insulina, principalmente em crianças, não deve ser desconsiderado e uma técnica ainda pouco utilizada, e com bons resultados, é a demonstração da auto-aplicação de solução salina/diluente pelo profissional de saúde e depois pelo paciente. Esta técnica também é útil para os pais conhecerem qual a sensação da aplicação pelos filhos, reduzindo assim a ansiedade da aplicação.
b.  O programa de educação para inicio da insulinização deve abordar os tópicos: perfis de ação e conceitos da insulinoterapia; escolha, cuidados e auto-exame dos locais de aplicação; técnicas apropriadas de aplicação (rodízios, ângulo de aplicação e uso da prega cutânea); escolha e descarte de insumos.

Recomendações para aplicação:
    1. A recomendação para a limpeza do local de aplicação deve ser seguida para locais que não estejam limpos ou se a aplicação for realizada em um local com chances de contaminação (ex: hospitais);
    2. As insulinas NPH e as pré-misturas devem ser gentilmente homogeneizadas (misturadas) 20 vezes antes de cada aplicação, garantindo a ação da insulina;
    3. Dicas para que a aplicação não seja dolorosa: aplicar a insulina à temperatura ambiente; se utilizar álcool na limpeza do local espere até que seque completamente; tentar utilizar uma nova agulha a cada aplicação;
    4. Após a aplicação de insulinas com canetas, contar lentamente até 10 para retirada da agulha. Para doses maiores, pode ser necessário contar até 20 segundos, a fim de evitar perda de medicação. Esta recomendação não é necessária para aplicação com seringas.
    5. As agulhas devem ser desconectadas imediatamente das canetas após aplicação (evitar obstrução e contaminação).
    6. A insulina regular deve ser aplicada preferencialmente no abdômen para aumentar a taxa de absorção, enquanto a NPH deve ser aplicada, preferencialmente, nas coxas ou nas nádegas, para retardar a absorção e reduzir o risco de hipoglicemia.

COMPRIMENTO DA AGULHA:
  • Recentes estudos têm demonstrado que a espessura da pele no local da injeção em adultos com diabetes varia minimamente por características demográficas, incluindo IMC (por exemplo: pessoas obesas têm dimensões semelhantes as da pele de uma pessoa com peso normal ou baixo peso). Outro estudo sobre a espessura da epiderme indicou que a espessura máxima total é de aproximadamente 2,4 mm, independente do sexo, IMC, idade adulta ou origem étnica.
Recomendações para crianças e adolescentes:
· Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm.
· Seringas: agulhas de 8 mm (angulação de 45 o e prega cutânea).

           Adultos (incluindo obesos)
· Canetas: 4, 5 e 6 mm

Agulha de 4 mm: ângulo de 90 o, prega dispensável se não for magro.
Agulha de 5 mm: ângulo de 90 o, prega dispensável se não for magro.
Agulha de 6 mm: ângulo de 90 o graus e prega cutânea necessária ou ângulo de 45o.
· Seringas: 8 mm (ângulo de 90 o graus e prega cutânea. 

Se magro: ângulo de 45 o e prega cutânea)

           Gestantes
· Sempre fazer a prega cutânea em qualquer local de aplicação
 · Evitar o uso do abdômen como local de aplicação no ultimo trimestre de gestação
 · Em pacientes magras é recomendada a utilização das nádegas como região para aplicação de insulina.
 · Canetas: 5 mm (ângulo de 45o)
 · Seringa: 8 mm (ângulo de 45o) – evitar o abdômen.
Essas novas recomendações reforçam a necessidade da técnica correta de aplicação de insulinas e necessidade de revisão periódica da mesma no processo educacional, na tentativa de se alcançar bom controle glicêmico.


Referência:
Frid A, Hirsch L, Gaspar R, Hicks D, Kreugel G, Liersch J, Letondeur C, Sauvanet JP, Tubiana-Rufi N, Strauss K; Scientific Advisory Board for the Third Injection Technique Workshop. 
New injection recommendations for patients with diabetes. Diabetes Metab. 2010; 36 Suppl 2:S3-18. Review.

Cristiane Duarte Vieira
Enfermeira do Ambulatório de Diabeets Tipo 1 da Santa Casa de Belo Horizonte. Educadora em Diabetes.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Diabetes infantil e açúcar no sangue

Os médicos às vezes dizem que um objetivo saudável para as crianças com diabetes tipo 1 é alcançar níveis de glicose "quase normais". Embora fosse ótimo se o seu filho mantivesse uma hemoglobina glicada (HbA1c) de 7% ou menos - a mesma meta para os pacientes adultos - preocupações com a hipoglicemia devem ser equilibradas com o desejo de baixar com rigor os níveis de açúcar no sangue em crianças.

O objetivo de administrar a diabetes infantil é manter os níveis de glicose tão próximos do normal quanto possível


Glicose baixa por tempo prolongado pode causar dano cerebral em crianças muito pequenas. Quando as crianças crescem, os seus padrões de alimentação e de atividade física pode se tornar imprevisível. Além disso, os pais precisam depender, em parte, dos profissionais na escola para controlar os níveis de glicose da criança. Mudanças hormonais na puberdade acrescentam mais um desafio para o controle rígido.
Embora o médico do seu filho estabeleça objetivos apropriados para os níveis de glicose, a Associação Americana de Diabetes (AAD) oferece orientações gerais para as crianças com diabetes tipo 1 (a AAD não estabeleceu essas orientações gerais para crianças com diabetes tipo 2, eentretanto, o Programa Nacional de Educação em Diabetes sugere que os pais de pacientes tipo 2 usem as metas detalhadas abaixo).
Lembre-se de que essas são apenas orientações gerais. O médico pode recomendar metas mais rígidas se o seu filho tem hipoglicemia freqüente ou hipoglicemia assintomática.

IdadeGlicose no sangue 
antes das refeições (mg/dl) 
Glicose no sangue 
hora de dormir/à noite (mg/dl) 
HbA1C (%)
Abaixo de 6 anos100 a 180110 a 2007.5 a 8.5
6 a 12 anos90 a 180100 a 180Menos de 8
13 a 19 anos90 a 13090 a 150Menos de 7.5
Independentemente do tipo de diabetes que o seu filho tenha, o objetivo do gerenciamento efetivo da diabetes é manter os níveis de glicose no sangue tão próximos do normal quanto seguramente possível, de modo a reduzir as complicações de curto e longo prazo da diabetes e promover crescimento e desenvolvimento normais. O valor-alvo de glicose no sangue deve ser determinado individualmente para cada criança.
Para mais informação sobre diabetes em geral, visite os links a seguir.

Diabetes e crianças: se o seu filho tem diabetes, ele tem necessidades diferentes das de um adulto. Descubra como administrar a doença do seu filho.
Açúcar no sangue: o automonitoramento freqüente é a chave para um tratamento de diabetes bem sucedido. Aprenda por que e como checar os níveis de açúcar no sangue.
Tratamento da diabetes: viver com diabetes significa manter um nível regular de açúcar no sangue. Descubra como tratar os tipos principais de diabetes.
Como funciona a diabetes: essa doença que aumenta os níveis de açúcar no sangue, pode afetar a maior parte dos seus órgãos. Aprenda como funciona aqui.


http://saude.hsw.uol.com.br/diabetes-e-acucar-no-sangue-na-infancia.htm


Curiosidades sobre o Diabetes

Diabete é uma palavra que significa passar através de- referente ao excesso de urina provocado pela eliminação de glicose.
Felizmente já se passou a época em que o médico precisava provar a urina de seu doente para se convencer que se tratava ou não de um caso de diabete. (Trecho de um comentário do Dr. Erwin Rizak, médico austríaco, escrito em 1936)
Em 1923, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi conferido a um médico com 30 anos de idade. Era o canadense Frederick Grant Banting (1891 a 1941), que motivado por seu pai sofrer de diabete, empenhou-se em estudar a causa e participou da descoberta da insulina.
Cães podem sofrer de diabete, mais comumente os mais velhos. Percebe-se que o animal está diabético porque ele faz muito xixi e bebe muita água.
Calcula-se que 6% da população dos Estados Unidos da América sofrem de diabete; entre os descendentes de índios com idade acima de 45 anos, a taxa é de 50%.
Mulheres diabéticas apresentam mais problemas ginecológicos que as não diabéticas; a maioria nada sente.
Foi na segunda metade do século XIX (1869) , que o médico alemão Paulo Langerhans descobriu que o pâncreas tinha células que se organizavam em ilhotas, e que (1890), o médico alemão Oskar Minkowski percebeu que o pâncreas de cachorros produzia um composto químico que se opunha ao diabete.
Foi no início do século XX (1901), que o médico Eugene Opie conseguiu saber que esta substância química era produzida justamente naquelas ilhotas do pâncreas, e que a lesão deste órgão causava diabete; vinte anos depois (1921), quatro pesquisadores canadenses da Universidade de Toronto conseguiram isolar a insulina do pâncreas.
Na década de 80, a engenharia genética permitiu produzir insulina industrial, substituindo a sua extração do pâncreas de animais.
Há 4 tipos de insulina, de acordo com início de ação e duração do efeito; muitos pacientes beneficiam-se de combinações:
Curta duração – início: 15-30 minutos

pico: 2-4 horas


término: 6-8 horas
Muito curta duração

Ação intermediária – início: 2 horas
pico: 6-8 horas


término: 6-8 horas
Ação prolongada– início: 4-8 horas

pico: 12-18 horas


sábado, 9 de abril de 2011

Recomendações para pais de crianças com diabetes tipo 1



O diagnóstico do diabetes na criança é um grande impacto na vida de toda família. Nesta fase inicial, os pais experimentam grande abatimento e ansiedade frente às mudanças que começam a ocorrer com o início do tratamento e suas novas imposições, como o planejamento alimentar, o exercício físico e principalmente o uso de insulina injetada, que para muitos pais e filhos é a tarefa mais difícil.
Neste momento é muito importante os pais não esquece-rem que, em primeiro lugar, seu filho é uma criança e precisa crescer física e emocionalmente como toda criança e, só depois, que é uma criança com diabetes. A forma como a família encara a situação afetará profundamente a maneira do diabético aceitar e controlar seu diabetes. É um desafio que a família deve enfrentar unida, se todos se adaptarem às mudanças necessárias ao melhor ajuste para a condição da criança, maior será o sucesso do controle do diabetes e todos serão beneficiados com um estilo de vida saudável.
Os pais devem compartilhar os cuidados de seu filho, assim como seu tratamento. Nunca se mostrar indiferentes a ele.
Quanto maior for o conhecimento da criança sobre diabetes e sobre seu plano individual de tratamento, menor será a dificuldade para cumpri-lo e, quanto mais os pais aprenderem sobre diabetes, mais poderão ajudar seu filho. É natural que os pais sintam uma grande preocupação pela saúde de seu filho, porém é deles a responsabilidade para que ele aceite sua disfunção com o menor nível de estresse possível. O diabetes é uma disfunção endócrina causada por diversos fatores e não um castigo. Os sentimentos de culpa e ressentimento só ocasionarão problemas entre o casal e a criança. Se realmente desejam ajuda-la, devem superar esses sentimentos e aprender técnicas distintas para o melhor cuidado e controle do diabetes.
Os pais que estão sempre atentos, que sabem como agir se mantêm tranqüilos e tolerantes, ajudarão muito no seu tratamento adequado. É difícil para a criança ou o jovem entender e aceitar o diabetes, assim como a importância que tem os pais em participarem do seu tratamento desde o início. Quando falarem com seu filho sobre o diabetes, este pode ter reações negativas, erradas, falsas ou catastróficas. Por esse motivo, dê a ele a oportu-nidade de expressar seu conhecimento sobre o diabetes, permitindo que demonstre seus, medos, tristezas, ansiedades preocu-pações, dúvidas, fantasias, etc.
A auto-estima e a imagem que seu filho tem de si mesmo podem ficar prejudicadas pelo diabetes. Sejam compreensivos e estejam sempre dispostos e alertas para dar apoio. Procurem não provocar ansiedades desnecessárias (ao fazer trocas com a comida, por exemplo), isto pode induzir a sentimentos de culpa ou faze-lo sentir-se mal. As crianças que acreditam estar mal provavelmente se comportarão como se sentem. É preferível ter um enfoque positivo diante do diabetes procurando sempre enfatizar as possibilidades do tratamento e da melhora dos sintomas.
Evitem superproteger o diabético nos conflitos com os irmãos com um tratamento desigual. Não fomentem conflitos secundários negativos ao fazer do diabetes de seu filho, o cen-tro de atenção familiar.
A maturidade, a independência, o autocontrole e a auto-estima de seu filho irão aumentar à medida que ele aprende como controlar o diabetes por si mesmo. Os pais devem aprender a proteger o filho e a supervisioná-lo sem ser dominantes e devem incentivar sua auto-suficiência. Trabalhem junto com seu filho para terem um bom controle, porém não esqueçam que nem sempre é possível terem um controle ideal.
A criança deve entender que o bom controle do diabetes trará benefícios para seu futuro. Ela deve ser a parte ativa em seu tratamento, ao selecionar dietas suplementares para os dias de exercícios, fazer auto análise da glicemia e auto aplicação da insulina. Estimulem a participação ativa da criança em seu próprio cuidado, isto a tornará independente e auto-suficiente. Seu filho deve participar do seu autocontrole, dê-lhe liberdade para escolher entre diversas opções, escolher o lugar onde se aplicará a insulina e o dedo do qual se obterá a gota de sangue para análise.
Estejam sempre atentos de que ele cumpra com o controle do nível de glicose e de o lembrarem no caso de se esquecer, mas cuidado quando se referirem aos níveis de glicose, não usem a palavra “bom” ou “ruim”, é melhor dizer que o nível de glicose está baixo, alto ou normal.
O nível alto de glicose (acima de 7% na Hemoglobina Glicosilada) representa um risco para a saúde do diabético. Conscientize seu filho. Consulte o seu médico e apoie-se nas normas oficiais de níveis de glicose e procurem evitar que tenha hipoglicemias severas, já que estas podem trazer repercussões em seu desenvolvimento intelectual.
Os adolescentes podem agir como se não tivessem diabetes, ignorando seus tratamentos (sobretudo a dieta) e falsificando os resultados do monitoramento de sua glicemia. Às vezes, infelizmente, é necessário que ele sinta, por experiência, o quão doente pode chegar a ficar, antes de aceitar a importância do controle.
Estejam atentos a qualquer alteração de peso e, de maneira especial, aos seus hábitos alimentares (jejuns prolongados, ingestão excessiva de alimentos em curto espaço de tempo, ou provocação de vômito), já que estes podem estar associados a problemas emocionais que esteja tendo.
O valor emocional de se relacionar com outras crianças é muito importante. Procurem que conheça pessoas com diabetes que levam uma vida plena e feliz, porque isto o ajudará enor-memente. É importante incentivar a busca de outros apoios, como junto aos seus amigos. Incentive a sua participação em grupos de adolescentes com diabete, isto oferecerá uma excelente oportunidade para compartilhar dúvidas e problemas com outras pessoas da mesma idade, com as quais não tem laços familiares e que tenham a mesma disfunção.
É importante instruir os professores e responsáveis por seu filho na escola, sobre a atenção básica necessária a uma pessoa diabética.
O diabetes não é razão para deixar de participar da educação física, ou deixar de praticar esportes. Pelo contrário, o exercício físico regular é importante para o controle e cuidado do diabetes. Motive-o à praticar esportes, dê preferência aqueles que não tem contato físico, tais como: natação, vôlei, ciclismo, tênis de mesa ou de campo, aeróbicos, danças etc. Para participar de atividades físicas de maior intensidade é preciso ajustar sua insulina e/ou sua alimentação. Para isso é necessário consultar um médico especialista.
Incentive seu filho adolescente em algumas ocasiões a ir sozinho ao médico ou ao educador de diabetes. Isto melhorará sua autoconfiança. Não importa a idade de seu filho; aceitem-no, amem-no, disciplinem-no e guiem-no da mesma forma que fariam se ele não tivesse diabetes. Não o superprotejam ou o mimem. Aceitem o diabetes de seu filho sem culpar a si mesmos. Procurem aprender o máximo possível sobre diabetes. Isto ajudará a vencer medos e ansiedades. As evoluções da medicina e da ciência fazem vislumbrar, em um futuro próximo, um convívio bem mais fácil com o diabetes e possivelmente até a sua cura, porém é preciso que o diabético esteja bem para usufruir desta evolução.


http://www.advali.com.br/pais.aspx

O controle do diabetes é mais eficiente quando a família consegue resolver problemas do dia-a-dia dos filhos.




Ter tranqüilidade para acalmar as crianças é primordial para os pais que têm filhos com diabetes. E esse exercício é tão importante que foi uma das principais discussões do Congresso Americano de Diabetes no começo deste mês. “Vários trabalhos mostraram o quanto é fundamental o envolvimento familiar no tratamento de suporte das crianças com diabetes. Isso sugere que as crianças com melhor controle de diabetes são aquelas com mais apoio dos pais”, diz Luiz Eduardo Calliari, endocrinologista infantil do Hospital São Luiz.
Não há estudos que mostrem a porcentagem exata de crianças com diabetes no Brasil. Mas se sabe que o número é alto. “Em crianças, o diabetes mais freqüente é o tipo 1, ou juvenil. Porém, com a epidemia de obesidade nos últimos anos, já existem crianças com o tipo 2, o que aumenta a chance de elas apresentarem doenças cardíacas no futuro”, afirma Cristina Khawali, endocrinologista e membro do conselho consultivo da Associação de Diabetes Juvenil.
O diabetes tipo 1, que ocorre em geral na infância e na adolescência, é uma doença autoimune de fundo genético, mas também modulada por fatores ambientais, como viroses e poluentes. Segundo Cristina, existem teorias que sugerem que o desmame precoce (e a inclusão dos leites industrializados na dieta dos bebês) também pode estar relacionado com o desencadeamento do diabetes tipo 1. Os principais sintomas são quando a criança urina muito, sente sede além do normal e emagrece rapidamente, cerca de 5 a 10 quilos. Além disso, ela pode se queixar de fraqueza e até mesmo perder o controle do xixi durante a noite.
A doença não tem cura. O controle é feito por meio de reposição de insulina, hormônio que os pacientes param de produzir. O tratamento é complexo, doloroso e exige disciplina. São aplicadas injeções subcutâneas, geralmente de 2 a 4 doses ao dia, com seringas ou canetas aplicadoras, e é preciso fazer o controle da glicemia (açúcar no sangue), através de punção de ponta de dedo, também várias vezes ao dia.
O tratamento diário da doença mostra o quanto é importante os pais serem companheiros da criança. “A família é fundamental para a aceitação do diagnóstico, para a realização dos controles de ponta de dedo, aplicação de insulina e apoio psicológico da criança. Quando esses fatores estão equilibrados, há sucesso no tratamento, com melhor controle das glicemias e boa qualidade de vida”, completa Luiz.


Fonte: Portal diabetes

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Medicina ortomolecular é eficaz no tratamento de retinopatia diabética

 




A saúde é uma das maiores preocupações do ser humano e a sua busca por conhecimento nesta área parece não ter fim. A cada ano novas pesquisas surgem com resultados mais surpreendentes do que os encontrados anteriormente e até tornando procedimentos médicos obsoletos visando tratamentos mais eficazes, rápidos e com custo menor. São tantas descobertas que foram criados novos ramos da medicina para tratar as doenças de maneiras diferentes.
A medicina ortomolecular, por exemplo, é considerado um ramo alternativo da área da saúde que encara o paciente como um todo e encontra as soluções em substâncias e elementos naturais. “O corpo é como uma máquina, que precisa de manutenção constante para não dar defeito e suas peças necessitam estar em harmonia para funcionar adequadamente”, afirma J.H.Tamburini, especialista em Oftalmologia do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
O principal objetivo da medicina ortomolecular é estabelecer o equilíbrio químico do organismo, combatendo os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento. “Um exemplo é o tratamento da retinopatia diabética através de poderosos antioxidantes sob forma de manipulação ou de forma intravenosa, associado ao uso de medicação venosa e da ingestão de anti-angiogênicos, que potencializam o tratamento”, ressalta o especialista.
A retinopatia diabética é uma alteração na retina causada pelo diabetes. A doença origina radicais livres, que lesam o DNA e prejudicam todo o sistema vascular, principalmente os pequenos vasos localizados nos olhos, rins e coronárias. “Os olhos são prejudicados e as consequências vão desde visão borrada, perda repentina de visão e cegueira. A medicina tradicional trata a retinopatia com aplicação de raio laser, que traz melhoras temporárias e pode acelerar a evolução da catarata”, explica.
A vantagem de tratar a retinopatia diabética através da medicina ortomolecular é que as células sadias não são atingidas, o sistema vascular é beneficiado como um todo. A doença é estabilizada e não há o risco de desenvolver precocemente a catarata. “O tratamento é indicado principalmente na fase não proliferativa do diabetes. Quando a doença está mais avançada os resultados são menores”, esclarece Tamburini.

Serviço: José Henrique Tamburini





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